dc.contributor.advisor |
Farias, Francisco Ramos de |
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dc.contributor.author |
Vianna, Glaucia Regina |
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dc.date.accessioned |
2018-07-20T18:11:45Z |
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dc.date.available |
2018-07-20T18:11:45Z |
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dc.date.issued |
2014 |
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dc.identifier.citation |
VIANNA, Glaucia Regina. Do estado de impotência à prática da violência: vestígios e rastros da memória. 2014. 167 f. Tese (Doutorado em Memória Social)-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014. |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
http://hdl.handle.net/unirio/12045 |
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dc.description |
Tese também disponível em formato impresso, com o número de chamada DMS 2014/12 |
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dc.description.sponsorship |
CNPq |
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dc.language.iso |
Portuguese |
pt_BR |
dc.rights |
openAccess |
pt_BR |
dc.title |
Do estado de impotência à prática da violência: vestígios e rastros da memória |
pt_BR |
dc.type |
doctoralThesis |
pt_BR |
dc.contributor.referee |
Farias, Francisco Ramos de |
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dc.contributor.referee |
Pinto, Diana de Souza |
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dc.contributor.referee |
Gondar, Josaida de Oliveira |
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dc.contributor.referee |
Oliveira, Gilsa F. Tarré de |
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dc.contributor.referee |
Altoé, Sônia |
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dc.contributor.referee |
Orozco, Rafael Andrès |
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dc.degree.department |
CCHS |
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dc.degree.grantor |
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO |
pt_BR |
dc.degree.local |
Rio de Janeiro,RJ |
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dc.degree.program |
Programa de Pós-Graduação em Memória Social |
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dc.subject.cnpq |
MULTIDISCIPLINAR |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
INTERDISCIPLINAR |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
SOCIAIS E HUMANIDADES |
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dc.subject.en |
Violence |
pt_BR |
dc.subject.en |
Trauma |
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dc.subject.en |
Impotence |
pt_BR |
dc.subject.en |
Exclusion |
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dc.subject.en |
Blocked memory |
pt_BR |
dc.description.abstracten |
Throughout this dissertation we have sought to understand the inversion of the condition of victim and perpetrator in violent actions. This inversion characterizes the repetitive cycle of violence illustrated by incarceration: prison does not make a violent person docile, but it does make a violent person even more violent, even if under a veil of apparent obedience. Our research was conducted in two stages: first, we developed a theoretical corpus derived from fruitful dialogues with thinkers from different knowledge fields, based on a multidisciplinary approach. We also tracked contributions concerning violence, trauma and crime, based on the assumption that two facets of violence should be considered: as part of the human condition and as destructive action. To do this, we sought to relate the concept of violence to the notion of death drive in one of its expressions: the homo violens, a term that shows the paradoxical coexistence of the barbarian and the civilized in human beings, despite all scientific and technological advances. In the second stage, with the purpose of understanding the repetitive cycle of violence, we conducted an analysis of traumatic experience, which, due to its illtimed nature, causes disruptions in representation chains, prompting an excessive instinctual influx that prevents the psyche from linking and processing it. This excess is an impression waiting for meaning and may repeat itself, thus creating the violence cycle. It may also generate alternatives for processing trauma. To understand this cycle, we considered impotence in this context. We observed that people who have had their lives constantly marked by states of impotence, such as not having access to minimum survival conditions and social inequalities, have, for the most part, pursued solutions involving violence. And once a crime is committed, the subject is sentenced to the prison system and again sees him/herself subjected to a state of impotence involving obedience and subservience, which are required to assimilate the prison culture and adjust to its rules for survival. We used the ethnographic approach of filing, with one dossier and two history files, which are the results of completed research. By analyzing the narratives, we verified that committing a crime, which is seen as the subjective inversion of the victim-perpetrator positions, may be an attempt to process traumatic experience, albeit a fruitless one, since crime does not build social links, it only dissolves them. Still, criminals are unlikely to have the means to process the effects of trauma in prison, and because of the repetition compulsion, they will identify themselves more and more with the perpetrator. |
pt_BR |
dc.degree.country |
Brasil |
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dc.description.sponsordocumentnumber |
n/a |
pt_BR |
dc.description.abstractpt |
Ao longo desta tese procuramos compreender a inversão da condição de vítima da violência a de agressor na prática de ações violentas. Essa mudança configura o circuito repetitivo da violência ilustrado no encarceramento: a prisão transforma -não um ser violento em dócil, mas um ser violento em mais violento ainda, mesmo sob o aparente véu da obediência. Realizamos a pesquisa em dois momentos: a princípio construiu-se um corpusteórico, a partir de interlocuções de pensadores de diversos campos do saber mediante diálogos profícuos, seguindo uma abordagem interdisciplinar. Foi feito também um rastreamento das contribuições sobre a violência, o trauma e o crime, orientando-se pela premissa de considerar duas facetas da violência: como constituinte da condição humana e como ação destrutiva. Para tanto, procuramos relacionar o conceito de violência à noção de pulsão de morte, em uma de suas expressões: o homo violens, termo em que se constata o paradoxo de que o bárbaro e o civilizado coexistem no homem, a despeito do avanço científico e tecnológico. Em um segundo momento -no intuito de compreender o circuito repetitivo da violência -realizamos uma análise sobre a experiência traumática, algo que em função do caráter intempestivo provoca rupturas nas cadeias de representação, fazendo surgir um afluxo pulsional excessivo queimpede o psiquismo de ligá-lo e elaborá-lo. Esse excesso configura uma impressão à espera de significação, podendo repetir-se, formando o circuito da violência; e também produzir alternativas de elaboração. A fim de compreender esse circuito, consideramosa impotência nesse contexto. Observamos que aqueles que tiveram suas vidas constantemente marcadas por estados de impotência, tais como: a falta de acesso às condições mínimas de sobrevivência e desigualdades sociais tornaram-se, em sua maioria, pessoas que buscaram soluções pela via da violência. E uma vez realizada a prática do crime, o sujeito, condenado à custódia no sistema prisional, vê-se novamente submetido a um estado de impotência pela obediência e subserviência, a fim de assimilar a cultura prisional e adequar-se às regras da sobrevivência na prisão. Utilizamoso método da etnografia de arquivo, em um dossiê e dois historiais, material que é fruto de uma pesquisa já concluída. Com a análise das narrativas constatamos que a prática do crime -considerada como a virada subjetiva da posição de vítima a de agressor -pode ser a tentativa de elaboração da experiência traumática, porém, inócua, uma vez que o crime não constrói laços sociais, apenas dissolve-os. Ainda assim, na prisão, o criminoso dificilmente dispõe de meios para elaborar os efeitos do trauma e por meio da compulsão à repetição identifica-se, cada vez mais, com o agressor. |
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dc.subject.pt |
Violência |
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dc.subject.pt |
Trauma |
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dc.subject.pt |
Impotência |
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dc.subject.pt |
Exclusão |
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dc.subject.pt |
Memória impedida |
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