dc.contributor.advisor |
Abreu, Regina Maria do Rego Monteiro de |
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dc.contributor.author |
Mello, Adriana Russi Tavares de |
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dc.date.accessioned |
2018-08-27T22:22:31Z |
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dc.date.available |
2018-08-27T22:22:31Z |
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dc.date.issued |
2014 |
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dc.identifier.citation |
MELLO, Adriana Russi Tavares de. Tamiriki, Pata Yotono Kwama: a reconstrução de uma casa, a valorização de uma cultura e o protagonismo dos ameríndios Kaxuyana às margens do Rio Cachorro (Oriximiná-PA). 2014. 274 f. Tese (Doutorado em Memória Social)-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014. |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
http://hdl.handle.net/unirio/12361 |
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dc.description |
Tese também disponível em formato impresso, com o número de chamada CCH DMS 2014/02. |
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dc.description.sponsorship |
CAPES |
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dc.language.iso |
Portuguese |
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dc.rights |
openAccess |
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dc.title |
Tamiriki, Pata Yotono Kwama:a reconstrução de uma casa, a valorização de uma cultura e o protagonismo dos ameríndios Kaxuyana às margens do Rio Cachorro (Oriximiná-PA) |
pt_BR |
dc.type |
doctoralThesis |
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dc.contributor.referee |
Abreu, Regina Maria do Rego Monteiro de |
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dc.contributor.referee |
Beraba, Lygia Batista Pereira Segala Pauletto |
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dc.contributor.referee |
Oliveira Junior, Adolfo Neves de |
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dc.contributor.referee |
Freire, José Ribamar Bessa |
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dc.contributor.referee |
Geiger, Amir |
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dc.degree.department |
CCHS |
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dc.degree.grantor |
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO |
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dc.degree.local |
Rio de Janeiro,RJ |
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dc.degree.program |
Programa de Pós-Graduação em Memória Social |
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dc.subject.cnpq |
MULTIDISCIPLINAR |
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dc.subject.cnpq |
INTERDISCIPLINAR |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
SOCIAIS E HUMANIDADES |
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dc.subject.en |
Kaxuyana |
pt_BR |
dc.subject.en |
Cultural appreciation |
pt_BR |
dc.subject.en |
Indigenous habitation |
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dc.description.abstracten |
The Kaxuyana, Amerindian from the linguistic family karib, live in the Grande Guiana region. Their nine villages are scattered in northern Brazil, Baixo Amazonas, through the state of Pará and on the border of this state and the states of Amazonas and Amapá. About 418 individuals are estimated to be living there. The region of Cachorro’s River is indicated in the literature as a place traditionally occupied by the Kaxuyana. In 1968, they experienced a migratory process in search of survival. In this episode, the Kaxuyana abandoned their territory to live with other Amerindians. Plagued by disease and with limited possibilities of marriage, the small group of 64 people was divided into two migratory fronts – one headed down to the south (to Nhamundá’s River) and lived there with the Hixkaryana, and the other one went up in the east direction (to the Terra Indígena Parque do Tumucumaque), where they lived with the Tiriyó. At Tumucumaque, the Kaxuyana had problems adjusting to the place: they failed to reorganize their village and their group work system, organized by the chief, the pata yotono (owner of the village and the place). The leadership lost its feature of “owner of the place”. Some Kaxuyana never abandoned the dream of returning to their homelands, and in the late 1990s some families returned there. Nowadays there are three villages occupied by Kaxuyana families, who have returned to their territory – two on Cachorro’s River (Santidade and Chapéu) and one on Trombetas’ River (Visina). On Santidade’s village, relatives of a deceased senior leader, motivated by the memories of the elders, rebuilt a type of communal house called tamiriki. The construction of this kind of house had been abandoned for over 40 years, while the Kaxuyana were out of their lands. It was in this type of house that the chief lived with his extended family. The tamiriki was the chief’s habitation (pata yotono kwama – owner of the village’s house). Currently, this house no longer works as habitation. It is where the Kaxuyana have their parties, ceremonies, meetings and where they receive their visitors. This research investigated the reasons that led the Kaxuyana to rebuild a type of house that hasn’t been erected in such a long time. This ethnographic research was performed through a field research in the Santidade’s village, between 2010 and 2013. The reconstruction of tamiriki expresses an important element of the “native” perspective “rescue” of Kaxuyana’s culture. This house, as a communal space, is the locus of the sociability of the relatives in-law and the ones related by blood of the chief. The construction of the tamiriki is part of the kwe’toh kumu (“our way to be” of the kaxuyana). With the reoccupation of Cachorro’s River, the appreciation of culture by the Kaxuyana also means strengthening the figure of the leader. This movement indicates a dialogue between the Kaxuyana and the national state and nongovernmental organizations for the defense of their rights and their culture. Thus, the construction of tamiriki expresses the Kaxuyana role in this process. |
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dc.degree.country |
Brasil |
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dc.description.sponsordocumentnumber |
n/a |
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dc.description.abstractpt |
Os Kaxuyana, ameríndios da família linguística karib, vivem na região da Grande Guiana. Suas nove aldeias estão espalhadas no norte do Brasil, Baixo Amazonas, pelo Estado do Pará ou nas fronteiras deste com os estados do Amazonas e do Amapá. Estima-se que sejam cerca de 418 indivíduos. A região do rio Cachorro é indicada na literatura como lugar de ocupação tradicional dos Kaxuyana. Em 1968, eles vivenciaram um processo migratório, em busca de sua sobrevivência. Nesse episódio, os Kaxuyana abandonaram seu território para viver com outros ameríndios. Assolados por doenças e com restritas possibilidades de casamento, o reduzido grupo de 64 pessoas se dividiu em duas frentes migratórias – uma desceu sentido sul (para o rio Nhamundá) e lá viveu com os Hixkaryana, e a outra subiu em sentido leste (para a Terra Indígena Parque do Tumucumaque), onde conviveu com os Tiriyó. No Tumucumaque, os Kaxuyana tiveram problemas de adaptação: não conseguiram reorganizar sua aldeia nem seu sistema coletivo de trabalho, organizados pelo chefe, o pata yotono (dono da aldeia, do lugar). A liderança perdeu seu caráter de “dono do lugar”. Alguns Kaxuyana nunca abandonaram o sonho de voltar às suas terras e, no final dos anos de 1990, algumas famílias para lá voltaram. Hoje, existem três aldeias ocupadas por famílias Kaxuyana, que regressaram ao seu território – duas no rio Cachorro (Santidade e Chapéu) e uma no rio Trombetas (Visina). Na aldeia Santidade, parentes de um importante líder falecido, motivados pelas memórias dos anciões, reconstruíram um tipo de casa comunal, denominada tamiriki. A construção de uma casa como essa havia sido abandonada por mais de 40 anos, enquanto os Kaxuyana estiveram fora de suas terras. Era nesse tipo de casa que o chefe vivia com sua família extensa. A tamiriki era a habitação do chefe, a pata yotono kwama (casa do dono da aldeia). Atualmente, essa casa não funciona mais como habitação. É nela que os Kaxuyana fazem suas festas, cerimônias, reuniões e onde recebem seus visitantes. Esta pesquisa investigou os motivos que levaram os Kaxuyana a reconstruírem um tipo de casa há tempos não mais erguida. Esta investigação, de caráter etnográfico, se realizou através de pesquisa de campo na aldeia Santidade, entre 2010 e 2013. A reconstrução da tamiriki expressa um elemento importante da perspectiva “nativa” de “resgate” da cultura kaxuyana. Essa casa, como espaço comunal, é locus da sociabilidade dos parentes afins e consanguíneos do chefe. A construção da tamiriki faz parte do kwe’toh kumu (“nosso jeito de ser” kaxuyana). Com a reocupação do rio Cachorro, a valorização da cultura pelos Kaxuyana significa também o fortalecimento da figura do líder. Esse movimento indica uma dialogia dos Kaxuyana com o Estado nacional e com organizações não governamentais pela defesa de seus direitos e de sua cultura. A construção da tamiriki exprime, portanto, o protagonismo Kaxuyana nesse processo. |
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dc.subject.pt |
Kaxuyana |
pt_BR |
dc.subject.pt |
Valorização cultural. |
pt_BR |
dc.subject.pt |
Habitação indígena |
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