DSpace Repository

O quilombo como semióforo: memória, reconhecimento e reparação

Show simple item record

dc.contributor.advisor Vieira, Andréa Lopes da Costa
dc.contributor.author Vogt, Gabriel Carvalho
dc.date.accessioned 2018-08-28T18:11:41Z
dc.date.available 2018-08-28T18:11:41Z
dc.date.issued 2015-08-31
dc.identifier.citation VOGT, Gabriel Carvalho. O quilombo como semióforo: memória, reconhecimento e reparação. 2015. 119 f. Dissertação (Mestrado em Memória Social)-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. pt_BR
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/unirio/12373
dc.description Dissertação também disponível em formato impresso, com o número de chamada CCH MMS 2015/04. pt_BR
dc.description.sponsorship n/a pt_BR
dc.language.iso Portuguese pt_BR
dc.rights openAccess pt_BR
dc.title O quilombo como semióforo: memória, reconhecimento e reparação pt_BR
dc.type masterThesis pt_BR
dc.contributor.referee Vieira, Andréa Lopes da Costa
dc.contributor.referee Geiger, Amir
dc.contributor.referee Andrade Neto, João Augusto de
dc.degree.department CCHS pt_BR
dc.degree.grantor Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO pt_BR
dc.degree.level Mestrado Acadêmico pt_BR
dc.degree.local Rio de Janeiro, RJ pt_BR
dc.degree.program Programa de Pós-Graduação em Memória Social pt_BR
dc.subject.cnpq MULTIDISCIPLINAR pt_BR
dc.subject.cnpq INTERDISCIPLINAR pt_BR
dc.subject.cnpq SOCIAIS E HUMANIDADES pt_BR
dc.subject.en Quilombos pt_BR
dc.subject.en Memory pt_BR
dc.subject.en Identity pt_BR
dc.subject.en Recognition pt_BR
dc.subject.en Reparation pt_BR
dc.description.abstracten The formation of the Brazilian State was based on the construction of a uniform and oppressive official national memory. Founded in silence as to prejudice and racial discrimination, it led to the incorporation of imposed values and collective identities. Such identities respond to interests that do not stand to the demands of numerous minority groups. For them, the official national narrative established a non-time and a non-place. The silence and oblivion guided the relations between Brazilian society and the black population in general, fragmenting them culturally and weakening them spatially. However, the long silence about the past, far from leading to oblivion, is the resistance that an impotent civil society opposed to the excessive official speeches. For nearly a century, the memories were transmitted within groups silenced by informal channels and have been unnoticed by the encompassing society. The liminal narratives of the Brazilian nation based primarily on performativity of emerging discourses within this oppression. The table of multiple inequalities in multicultural societies such as Brazil and the systematic non-recognition of identity is a form of oppression, able to generate immeasurable damage to the image of the victimized group. Thus, politics of recognition of difference based on respect for otherness, in recognition of "concrete human being," the bearer of an identity based on moral sources, without which he could not be guided or be understood makes it urgent to ensure the recovery of the dignity of the groups that suffer some type of exclusion within the territory they share with other privileged groups. Among the historically subordinate groups in Brazil are the so-called rural black communities or the lands of black, translated now, as a social category created under the policy and the law, in remaining quilombo communities. The instrument that operates this social creation is the Article 68 of the ADCT. On behalf of the rescue and conservation of the cultural heritage of the nation, the article states: "To the remnants of quilombo communities who are occupying their lands are recognized for permanent ownership, with the state shall grant them the respective titles." The creation of this category, which operates the recognition and bases the new design identity, unfolds in terms of narrative black injunction and redemptive memory time. The emergence of Maroons counter-narratives, sidewalks in the reconstruction of collective memory and identity in the quilombos, ultimately, breaks boundaries and moves about the limits of extra-inserting communities in other fields of social and political role as well as the rewriting grand narrative of the Brazilian nation. pt_BR
dc.degree.country Brasil pt_BR
dc.description.sponsordocumentnumber n/a pt_BR
dc.description.abstractpt A formação do Estado brasileiro baseou-se na construção de uma memória oficial nacional de caráter uniformizador e opressor. O silêncio quanto ao preconceito e à discriminação racial, conduziu à incorporação de valores e identidades coletivas impostas. Tais identidades respondem a interesses que não dão conta das demandas de inúmeros grupos minoritários. Para estes, a narrativa nacional oficial reservou um não-tempo e um não-lugar. O silêncio e o esquecimento pautam as relações da sociedade brasileira com a população negra em geral fragmentando-os culturalmente e fragilizando-os espacialmente. Entretanto, o longo silêncio sobre o passado, longe de conduzir ao esquecimento, é a resistência que uma sociedade civil impotente opõe ao excesso de discursos oficiais. Por quase um século, as lembranças foram transmitidas dentro dos grupos silenciados por vias informais e passaram despercebidas pela sociedade englobante. As narrativas liminares da nação brasileira baseiam-se essencialmente na performatividade dos discursos emergentes no seio desta opressão. O quadro de múltiplas desigualdades nas sociedades multiculturais como a brasileira e o sistemático não-reconhecimento de uma identidade constitui uma forma de opressão, capaz de gerar danos incomensuráveis à imagem do grupo vitimizado. Assim, uma política de reconhecimento da diferença, baseada no respeito à alteridade, no reconhecimento do "ser humano concreto", portador de uma identidade fundada em fontes morais, sem as quais ele não seria capaz de nortear-se ou compreender-se faz-se urgente para garantir a recuperação da dignidade dos grupos que sofrem algum tipo de exclusão dentro do território que dividem com outros grupos privilegiados. Entre os grupos historicamente subalternizados no Brasil estão as chamadas comunidades negras rurais ou as terras de pretos, traduzidas agora, como categoria social criada no âmbito da política e da lei, em comunidades remanescentes de quilombos. O instrumento que opera esta criação social é o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Em nome do resgate e da conservação do patrimônio cultural da nação foi o artigo assim elaborado: "Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida à propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos". A criação desta categoria que opera o reconhecimento e fundamenta a nova identidade de projeto se desdobra no plano da narrativa liminar negra e no tempo redentor da memória. A emergência das contra-narrativas quilombolas, calcadas na reconstrução da memória coletiva e da identidade nos quilombos, em última análise, rompe fronteiras e avança sobre os limites do extracomunitário, inserindo as comunidades em outros campos do protagonismo social e político, bem como rasurando a grande narrativa da nação brasileira. pt_BR
dc.subject.pt Quilombos pt_BR
dc.subject.pt Narrativa pt_BR
dc.subject.pt Memória pt_BR
dc.subject.pt Identidade pt_BR
dc.subject.pt Reconhecimento pt_BR
dc.subject.pt Reparação pt_BR


Files in this item

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account

|
|