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Linfomas relacionados à AIDS: proposta de tratamento e interações com antirretrovirais

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dc.contributor.advisor Ferry, Fernando Raphael de Almeida
dc.contributor.author Almeida, Mônica Alves de
dc.date.accessioned 2019-06-13T19:12:51Z
dc.date.available 2019-06-13T19:12:51Z
dc.date.issued 2017-03-16
dc.identifier.citation ALMEIDA, Mônica Alves de. Linfomas relacionados à AIDS: proposta de tratamento e interações com antirretrovirais. 2017. 102 f. Dissertação (Mestrado em Infecção HIV/AIDS e Hepatites Virais) - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. pt_BR
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/unirio/12827
dc.description.sponsorship n/a pt_BR
dc.language.iso Portuguese pt_BR
dc.rights openAccess pt_BR
dc.title Linfomas relacionados à AIDS: proposta de tratamento e interações com antirretrovirais pt_BR
dc.type masterThesis pt_BR
dc.contributor.advisor-co Pacheco, Ronaldo Grechi
dc.contributor.referee Ferry, Fernando Raphael de Almeida
dc.contributor.referee Leite, Luiz Arthur Calheiros
dc.contributor.referee Silva, Walter de Araújo Eyer
dc.contributor.referee Pacheco, Ronaldo Grechi
dc.contributor.referee Corrêa, Andréa Ramos
dc.degree.department CCBS pt_BR
dc.degree.grantor Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO pt_BR
dc.degree.level Mestrado Profissional pt_BR
dc.degree.local Rio de Janeiro, RJ pt_BR
dc.degree.program Programa de Pós-Graduação em Infecção HIV/AIDS e Hepatites Virais pt_BR
dc.subject.cnpq CIÊNCIAS DA SAÚDE pt_BR
dc.subject.cnpq MEDICINA pt_BR
dc.subject.cnpq DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS pt_BR
dc.subject.en Aids-related lymphoma pt_BR
dc.subject.en Acquired immunodeficiency Syndrome pt_BR
dc.subject.en Antiretroviral therapy pt_BR
dc.subject.en Chemotherapy pt_BR
dc.subject.en Rituximab pt_BR
dc.description.abstracten Introduction: High grade B cell non-Hodgkin`s lymphoma (NHL) has been considered, since 1985, as a defining disease of Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) after reports of 90 cases in HIV patients. Diffuse Large B-cell Lymphoma (DLBCL) and Burkitt Lymphoma (BL) are the most common HIV-NHL.In the age of antiretroviral therapy (ART), there was a reduction in morbidity and mortality related to AIDS complications, however, the impact of ART on the incidence of AIDS-related lymphomas (ARLs) was small, which remained the second most frequent neoplasm in this group of patients. There have been no comparative treatment studies published in the ART era, and thus, there is no treatment considered the "gold standard therapy" for ARL. Another relevant issues is the role of monoclonal antibody rituximab (R) in treatment, which may lead to an increased risk of infection caused by hypogammaglobulinemia. In Brazil, there are no treatment recommendations for AIDS-related neoplasms from the Brazilian Ministry of Health. The potencial of ART to cause drug interactions is well described, but. little is known about the potential for interaction between antiretrovirals (ARVs) and cytotoxicantineoplastic agents. In addition to pharmacokinetic interactions, many ARVs have their toxicity superimposed on chemotherapeutics agents, and there are no guidelines based on clinical studies for dose adjustment among the drugs. Thus, the strategies for treatment of ARLs should focus not only on the efficacy of chemotherapy but also on the interactions with ART.Objective: To propose an algorithm for the systemic treatment of ARLs, highlighting the possible interactions between antineoplastic and antiretroviral protocols. Materials and Methods: This is a specialized literature review in the Pubmed database for the years 1996 to 2016. The research was started with the search string "AIDS-related lymphoma in the era of highly active antiretroviral therapy", selecting articles with well-structured data. Discussion: Although the comparative studies of ARLs are few, the concomitant use of ART and chemotherapy has demonstrated an increase in response rate and survival. Most ARVs (Non-nucleoside Reverse Transcriptase Inhibitors─NNRTIs), (Protease Inhibitors─PIs) and selective chemokine receptor antagonists are metabolized by the cytochrome P450 (CYP450) pathway, in the same way as many chemotherapeutics, which represents a great potencial for drug interaction. However, Nucleoside/Nucleotide Reverse Transcriptase Inhibitors (NRTIs/NtRTIs) are less likely to interact with chemotherapeutics because they are not metabolized by the same pathway. Raltegravir (integrase inhibitor) is eliminated via hepatic glucuronidation and is an excellent ARV option in the context of chemotherapy treatment. The CHOP regimen (cyclophosphamide, doxorubicin, vincristine and prednisone) has shown clinical benefit in the treatment of DLBCL and was the best evaluated protocol in combination with several classes of ARVs. The agressive nature of ARLs suggests the need for more intense chemotherapy regimens, especially in BL, which is usually more resistant to treatment. Rituximab used in the treatment of CD20+ ARL, does not have pharmacokinetic interactions with ARVs and increases overall survival. Conclusion: Studies that include concomitant use of ARVs and chemotherapy in the treatment of ARLs have focused mainly on oncological aspects, ignoring details of the type of ARVs used. Few studies of drug interactions exist, and most of information is derived from observational studies with few patients. Patients with ARLs should be treated in the first line with the same antineoplastic regimens as seronegative patients. The use of rituximab, although not recommended by the Brazilian Ministry of Health for the treatment of ARLs, has a similar benefit to that achieved by seronegative patients, especially those with a CD4+ T-cell count >100 cél/mm3. The use of PI and NNRTI antiretroviral classes in combination with chemotherapy may lead to increased treatment toxicity, necessitating increased vigilance of these patients and occasional reduction in the dose of antineoplastic and/or antiretroviral replacement, especially of PI. pt_BR
dc.degree.country Brasil pt_BR
dc.description.sponsordocumentnumber n/a pt_BR
dc.description.abstractpt Introdução: O Linfoma não-Hodgkin (LNH) de células B de alto grau é considerado, desde 1985, como doença definidora de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) após relato de 90 casos em pacientes HIV. O Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB) e o Linfoma de Burkitt (LB) são os LNH-HIV mais comuns. Na era da terapia antirretroviral (TARV), houve redução da morbidade e mortalidade relacionada à complicações da AIDS, entretanto, o impacto da TARV na incidência dos linfomas relacionados à AIDS (LRA) foi pequeno, permanecendo como a segunda neoplasia mais incidente neste grupo de pacientes. Não existem estudos comparativos de tratamento publicados na era TARV, e desta forma, não há tratamento considerado "padrão ouro" para os LRA. Outra questão relevante, é o papel do anticorpo monoclonal rituximabe (R) no tratamento, que pode levar a um risco maior de infecção causada pela hipogamaglobulinemia. No Brasil, não existem recomendações de tratamento para as neoplasias relacionadas à AIDS pelo Ministério da Saúde. O potencial da TARV em causar interações com drogas é bem descrito, porém pouco se sabe em relação ao potencial de interação entre os antirretrovirais (ARVs) e os agentes citotóxicos antineoplásicos. Além das interações farmacocinéticas, muitos ARVs têm sua toxicidade sobreposta aos agentes quimioterápicos, e não existem diretrizes baseadas em estudos clínicos para ajuste de dose entre as drogas. Desta forma, as estratégias de tratamento dos LRA, devem focar não somente na eficácia da quimioterapia mas também nas interações com a TARV. Objetivo: Propor um algoritmo para o tratamento sistêmico dos LRA, destacando as possíveis interações entre os protocolos antineoplásicos e os antirretrovirais. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura especializada na base de dados Pubmed, referentes aos anos de 1996 a 2016. Inciamos a pesquisa com a expressão na língua inglesa "AIDS-related lymphoma in the era of highly active antiretroviral therapy", selecionando os artigos com dados melhor estruturados. Discussão: Embora os estudos comparativos de LRA, sejam poucos, o uso concomitante da TARV e quimioterápicos, foi demonstrado um aumento da taxa de resposta e da sobrevida. A maior parte dos ARVs (Inibidores da Transcriptase Reversa Não Análogos Nucleosídeos─ITRNN), (Inibidores da Protease─IP) e o antagonista seletivo dos receptores de quimiocinas são metabolizados pela via citocromo P450 (CYP450), da mesma forma que muitos quimioterápicos, o que representa um grande potencial de interação medicamentosa, enquanto os Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos/Nucleotídeos (ITRN/ITRNt), apresentam menor possibilidade de interação, pois não são metabolizados pela mesma via. O raltegravir (inibidor da integrase), é eliminado via glicuronidação hepática, sendo uma ótima opção de ARV no contexto de tratamento com quimioterápico. O regime CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) tem mostrado benefício clínico no tratamento dos LDGCB e foi o protocolo melhor avaliado em combinação com as diversas classes dos ARVs. A natureza agressiva dos LRA, sugere a necessidade de regimes quimioterápicos mais intensos, em especial no LB, que costuma ser mais resistente ao tratamento. O rituximabe usado no tratamento dos LRA CD20+, não apresenta interações farmacocinéticas com os ARVs, e aumenta a sobrevida global. Conclusão: Os estudos que incluem o uso concomitante de ARVs e quimioterápicos no tratamento dos LRA, têm focado principalmente nos aspectos oncológicos, ignorando detalhes do tipo de ARVs utilizados. Poucos estudos de interações entre as drogas existem, e a maioria das informações derivam de estudos observacionais com pouco número de pacientes. Os pacientes com LRA, deverão ser tratados em primeira linha com os mesmos esquemas antineoplásicos oferecidos aos pacientes soronegativos. O uso do rituximabe apesar de não ser preconizado pelo Ministério da Saúde para o tratamento dos LRA, apresenta benefício semelhante ao alcançado pelos pacientes soronegativos, em especial naqueles com contagem de células T CD4+>100 cél/mm3. O uso das classes dos antirretrovirais IP e ITRNN em combinação com a quimioterapia, podem ocasionar aumento da toxicidade do tratamento, sendo necessário maior vigilância destes pacientes e ocasionalmente redução da dose dos agentes antineoplásicos e/ou substituição do antirretroviral, em especial do IP. pt_BR
dc.subject.pt Linfoma relacionado à AIDS pt_BR
dc.subject.pt Síndrome da imunodeficiência adquirida pt_BR
dc.subject.pt Terapia antirretroviral pt_BR
dc.subject.pt Quimioterapia pt_BR
dc.subject.pt Rituximabe pt_BR


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