dc.contributor.advisor |
Faceira, Lobelia da Silva |
|
dc.contributor.author |
Rigotti, Vinícius Ramos |
|
dc.date.accessioned |
2021-04-09T00:48:30Z |
|
dc.date.available |
2021-04-09T00:48:30Z |
|
dc.date.issued |
2020-01-02 |
|
dc.identifier.citation |
RIGOTTI, Vinícius Ramos. O inimigo penal do estado: sua produção e desdobramentos. 2020. 102 f. Dissertação (Mestrado em Memória Social)- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020. |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
http://hdl.handle.net/unirio/13148 |
|
dc.description.sponsorship |
CAPES |
pt_BR |
dc.language.iso |
Portuguese |
pt_BR |
dc.rights |
openAccess |
pt_BR |
dc.title |
O inimigo penal do estado: sua produção e desdobramentos |
pt_BR |
dc.title.alternative |
The state's criminal enemy: its production and developments |
pt_BR |
dc.type |
masterThesis |
pt_BR |
dc.contributor.referee |
Faceira, Lobelia da Silva |
|
dc.contributor.referee |
Farias, Francisco Ramos de |
|
dc.contributor.referee |
Curcio, Fernanda Santos |
|
dc.contributor.referee |
Kornalewski, Alex Medeiros |
|
dc.degree.department |
CCHS |
pt_BR |
dc.degree.grantor |
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO |
pt_BR |
dc.degree.level |
Mestrado Acadêmico |
pt_BR |
dc.degree.local |
Rio de Janeiro, RJ |
pt_BR |
dc.degree.program |
Programa de Pós-Graduação em Memória Social |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
MULTIDISCIPLINAR |
pt_BR |
dc.subject.en |
Neoliberalism |
pt_BR |
dc.subject.en |
Penal State |
pt_BR |
dc.subject.en |
Criminal Enemy of the State |
pt_BR |
dc.subject.en |
Social Memory |
pt_BR |
dc.subject.en |
State violence |
pt_BR |
dc.description.abstracten |
The main objective of this study is to investigate whether legal practice is structured by
racism, aiming at the social production of the criminal enemy of the State, through a
negative valuation of a precarious and marginalized social segment. In order to outline
the direction of the proposed question, it was intended to embark on the theoretical fields
of Social Memory, in order to operate constructions regarding social transformations
resulting from the incorporation of new devices within the scope of Criminal Law,
focusing on the regulation of certain classes social, based on mechanisms of intimidation,
control, surveillance and segregative policies that contribute to accentuate, more and
more, the degradation situation in which people live under the rubric of territorial and
social stigmatization. The research also proposes to analyze the configurations of the
category of criminal enemy of the State in the context of neoliberalism and in the process
of counter-reform of the State. The application of neoliberal economic policies is
intrinsically linked to the outbreak of the Punitive Penal State, which radically distances
itself from the fundamental guarantees of the Rule of Law. It is important that this issue
is addressed first, given that we understand that the Penal-Punitive State is one of the
main foundations for the production of an enemy category. After this contextualization
about the maximum Penal State and its construction as a cornerstone of the neoliberal
State, we will start to present the theoretical evidence about the construction of a criminal
enemy of the State, the main and main recipient of all its punitive claim. It is important
to note that the production of an enemy, which must be segregated, controlled and, when
feasible, eliminated, finds a fertile and conducive environment to prosper in the neoliberal
state, perhaps being one of its assumptions. The production of this criminal enemy
category of the State is largely based on structural racism, which from social gears
historically linked to slavery, permeate all micro and macro power relations. So, we see
a parallel between the study of biopolitics and biopower and the application of
necropolitics. A manifestation of structural racism is the development of myths to justify
actions of control, containment and extermination by the State. One of the myths pointed
out in this work is the myth of the dangerous classes. This myth is based on the belief that
certain people and social segments, as well as certain places are dangerous and, therefore,
are grounds for stigmatization and prejudice. These myths are widespread in the media
and culturally, and they foster social fear and, as we endorse force actions against certain
segments, these are seen as enemies. After presenting the theoretical bases that support
the production of this criminal enemy of the State, we used the content analysis
methodology to identify in the analyzes, data and statistics, about the population of the
prison system and human development, with emphasis on Rio de Janeiro, pointed out in
indicators from the Brazilian Yearbook of Public Security (2020), Map of Inequality
(2020), INFOPEN reports (2019) and studies from the Public Defender's Office of the
State of Rio de Janeiro, to carry out this qualitative exploratory research, with the fulcrum
to clarify us in the process of confrontation with an official memory of the punitive
processes, using, for that purpose, the lens of Social Memory to signify the analyzed data. |
pt_BR |
dc.degree.country |
Brasil |
pt_BR |
dc.description.sponsordocumentnumber |
n/a |
pt_BR |
dc.description.abstractpt |
O objetivo principal da dissertação é investigar se a prática jurídica é estruturada pelo
racismo, objetivando a produção social do inimigo penal do Estado, por meio de uma
valorização negativa de um segmento social precarizado e marginalizado. No intuito de
traçar o encaminhamento da questão proposta pretendeu-se enveredar pelas searas
teóricas da Memória Social, no sentido de operar construções a respeito de
transformações sociais decorrentes da incorporação de novos dispositivos ao âmbito do
Direito Penal, tendo como foco a regulação de determinadas classes sociais, a partir de
mecanismos de intimidação, controle, vigilância e políticas de cunho segregativo que
concorrem para acentuar, cada vez mais a situação de degradação nas quais vivem pessoas
inseridas na rubrica de estigmatização territorial e social. A pesquisa também tem a
proposta de analisar as configurações da categoria do inimigo penal do Estado no contexto
do neoliberalismo e no processo de contrarreforma do Estado. A aplicação das políticas
econômicas neoliberais está intrinsecamente ligada a irrupção do Estado Penal Punitivo,
que se distanciam radicalmente das garantias fundamentais de um Estado de Direito. É
importante que esse tema seja tratado primeiramente, haja vista, que entendemos que o
Estado Penal-punitivo é um dos principais alicerces para a produção de uma categoria
inimiga. Após essa contextualização acerca do Estado Penal máximo e sua construção
como pedra fundamental do Estado neoliberal passaremos a apresentar os indícios
teóricos acerca da construção de um inimigo penal do Estado, destinatário maior e
principal de toda a pretensão punitiva dele. Importa salientar que a produção de um
inimigo, que deve ser segregado, controlado e, quando viável, eliminado, encontra
ambiente fértil e propício para prosperar no Estado neoliberal, sendo talvez, um de seus
pressupostos. A produção dessa categoria inimiga penal do Estado é amplamente
fundamentada no racismo estrutural, que a partir de engrenagens sociais historicamente
ligadas à escravidão, permeiam todas as micro e macro relações de poder. De modo, que
depreendemos um paralelo entre o estudo da biopolítica e do biopoder e a aplicação da
necropolítica. Uma manifestação do racismo estrutural é o fomento de mitos para
justificar ações de controle, contenção e extermínio por parte do Estado. Um dos mitos
apontados neste trabalho é o mito das classes perigosas, que se baseia na estigmatização
do segmento social marginalizado, bem como na inscrição negativa de determinados
lugares na rubrica de perigosos e, portanto, são motivos de difamação e preconceito. Esses
mitos são amplamente difundidos nos meios de comunicação e culturalmente fomentam
o medo social e, são utilizados para endossar as ações de força, do Estado contra
determinados contra essas pessoas e lugares, que são tidos como inimigos. Após
apresentar as bases teóricas que sustentam a produção desse inimigo penal do Estado,
utilizamos a metodologia de análise de conteúdo para tecer análises, com base nos
relatórios produzidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2020), Mapa da
Desigualdade (2020) e o INFOPEN (2019), acerca da população do sistema carcerário e,
com ênfase no Rio de Janeiro. Para realizar essa pesquisa qualitativa de cunho
exploratório, buscamos nos elucubrar no processo de confrontação entre uma memória
oficial dos processos punitivos com a valoração imputada aos dados contidos no relatório,
sob as premissas da violência, precariedade e vulnerabilidade, utilizando, como fio
condutor, a Memória Social. |
pt_BR |
dc.subject.pt |
Neoliberalismo |
pt_BR |
dc.subject.pt |
Estado Penal |
pt_BR |
dc.subject.pt |
Inimigo Penal do Estado |
pt_BR |
dc.subject.pt |
Memória Social |
pt_BR |
dc.subject.pt |
Violência do Estado |
pt_BR |