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Um clima de agitação criado por alunos esquerdistas”: vigilância, militância política e lutas pelas liberdades democráticas na UFPE (1973-1985)

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dc.contributor.advisor Grinberg, Lucia
dc.contributor.author Soares, Thiago Nunes
dc.date.accessioned 2022-10-19T18:48:23Z
dc.date.available 2022-10-19T18:48:23Z
dc.date.issued 2020-08-03
dc.identifier.citation SOARES, Thiago Nunes. Um clima de agitação criado por alunos esquerdistas”: vigilância, militância política e lutas pelas liberdades democráticas na UFPE (1973-1985). 2020. 296 f. Tese (Doutorado em História)- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020. pt_BR
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/unirio/13514
dc.description.sponsorship n/a pt_BR
dc.language.iso Portuguese pt_BR
dc.rights openAccess pt_BR
dc.title Um clima de agitação criado por alunos esquerdistas”: vigilância, militância política e lutas pelas liberdades democráticas na UFPE (1973-1985) pt_BR
dc.title.alternative An environment of unrest created by leftist students: surveillance, political activism and struggles for democratic freedoms at UFPE (1973-1985) pt_BR
dc.type doctoralThesis pt_BR
dc.contributor.referee Grinberg, Lucia
dc.contributor.referee Thiesen, Icleia
dc.contributor.referee Müller, Angélica
dc.contributor.referee Quadrat, Samantha Viz
dc.contributor.referee Santos, Evson Malaquias de Moraes
dc.degree.department CCHS pt_BR
dc.degree.grantor Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO pt_BR
dc.degree.local Rio de Janeiro, RJ pt_BR
dc.degree.program Programa de Pós-Graduação em História pt_BR
dc.subject.cnpq CIÊNCIAS HUMANAS pt_BR
dc.subject.cnpq HISTÓRIA pt_BR
dc.subject.en UFPE pt_BR
dc.subject.en Student activism pt_BR
dc.subject.en Civil-military dictatorship pt_BR
dc.subject.en Social surveillance pt_BR
dc.description.abstracten In this paper we analyze the impacts of the civil-military dictatorship on the Federal University of Pernambuco (UFPE) between 1973 and 1985. The initial milestone refers to the launch of the first opposing plate during the elections to the Central Directory of Students (DCE/UFPE), after a history of domination of the body by right-wing students since the beginning of the regime. While the final milestone concerns the end of the dictatorship, given the symbolism of the struggles for the return of democratic freedoms, in which professors and university students were relevant in this process. We defend the thesis that during this period social surveillance was the main intervention on campus,although there are other repressive practices committed by security and information agents in cooperation with the rectory and its leaders, when they achieved social control during the political opening. The surveillance of the academic community was carried out in various ways and by different agents, including military and civilian, based on information, understood as a disciplinary knowledge-power with effects on daily practices. The information was calculated, elaborated, manipulated and aimed at subjects and institutions to frame them, incriminate them and eliminate them, when seen as enemies of the state order. Hence the construction of generic discourses to stereotype and combat them, such as: subversive, communist and leftist; generating real effects on the population. Thus, surveillance as repressive practice generated on campus fear, self- censorship, changed daily relationships between teachers, students and employees and managed to obtain clues during the investigation and social espionage by the military, enabling the creation, selection and dissemination of discourses to identify, prevent and extirrate contestatory practices. The militants' bodies were invested by political knowledge-power, in which coercive practices were stimuli for resistance and vice versa. Therefore, we analyze the history of UFPE (1946-1974), surveillance on campus as a federal intervention (1974-1979), the growth of student opposition from the elections of its main representative bodies (1973-1980) and how the struggles of students and teachers in defense of democratic freedoms occurred (1977-1985). We problematize how UFPE was constituted as a field, because it did not limit the production and dissemination of academic knowledge. In this dynamic space and relative autonomy, university leaders engaged in university politics and together with students engaged in the political field as militants or sympathizers of organizations, parties and social movements. There were physical and symbolic violence, disputes over knowledge-power, searches for social positions, hierarchies, decision-making, tensions and internal and external political conflicts among the participants, limitations in the possibilities of militancy, punishments, resistances and social exclusions. That is why we consider UFPE as a social microcosm to analyze the impacts of the dictatorship in Brazil, taking into account its specificities. The research was carried out from the collection, selection and analysis of a wide and varied documentary set from the National Archive, the Jordão Emerenciano State Public Archive, the Digital Library's Digital Library and the Personal Archive of Edval Nunes da Silva Cajá. pt_BR
dc.degree.country Brasil pt_BR
dc.description.sponsordocumentnumber n/a pt_BR
dc.description.abstractpt Neste trabalho analisamos os impactos da ditadura civil-militar na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) entre os anos de 1973 e 1985. O marco inicial refere-se ao lançamento da primeira chapa opositora durante as eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFPE), após um histórico de dominação do órgão por alunos de direita desde o início do regime. Enquanto o marco final é concernente ao fim da ditadura, perante o simbolismo das lutas pelo retorno das liberdades democráticas, em que professores e estudantes universitários foram relevantes nesse processo. Defendemos a tese de que nesse período a vigilância social foi a principal intervenção no campus, apesar de existirem outras práticas repressivas cometidas pelos agentes de segurança e informação em cooperação com a reitoria e seus dirigentes, ao lograrem um controle social durante a abertura política. A vigilância da comunidade acadêmica foi efetuada de variadas formas e por diferentes agentes, entre eles militares e civis, tendo como base a informação, entendida como um saber-poder disciplinar com efeitos nas práticas cotidianas. A informação foi calculada, elaborada, manipulada e voltada a sujeitos e instituições para enquadrá-los, incriminá-los e eliminá-los, quando vistos como inimigos da ordem estatal. Daí a construção de discursos genéricos para estereotipá-los e combatê- los, como: subversivos, comunistas e esquerdistas; gerando efeitos de verdade na população. Dessa forma, a vigilância enquanto prática repressiva gerou no campus o medo, a autocensura, mudou as relações cotidianas entre professores, alunos e funcionários e logrou obter pistas durante a investigação e espionagem social pelos militares, possibilitando a criação, seleção e difusão de discursos para identificar, prevenir e extirpar práticas contestatórias. Os corpos dos militantes estiveram investidos por um saber-poder político, em que as práticas coercitivas foram estímulos para as de resistência e vice-versa. Diante disso, analisamos a história da UFPE (1946-1974), a vigilância no campus como intervenção federal (1974-1979), o crescimento da oposição discente a partir das eleições dos seus principais órgãos representativos (1973-1980) e como ocorreram as lutas de estudantes e professores em defesa das liberdades democráticas (1977-1985). Problematizamos como a UFPE se constituiu enquanto campo, por não se limitar a produção e disseminação de conhecimentos acadêmicos. Nesse espaço dinâmico e de relativa autonomia, dirigentes da universidade envolveram na política universitária e juntamente com alunos engajaram-se no campo político como militantes ou simpatizantes de organizações, partidos e movimentos sociais. Houve violências físicas e simbólicas, disputas por saber-poder, buscas por posições sociais, hierarquias, tomadas de decisões, tensões e conflitos políticos internos e externos entre os participantes, limitações nas possibilidades de militância, punições, resistências e exclusões sociais. Por isso consideramos a UFPE como um microcosmo social para analisarmos os impactos da ditadura no Brasil, levando em consideração as suas especificidades. A pesquisa foi realizada a partir da coleta, seleção e análise de um amplo e variado conjunto documental oriundo do Arquivo Nacional, do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional e do Arquivo Pessoal de Edval Nunes da Silva Cajá. pt_BR
dc.subject.pt UFPE pt_BR
dc.subject.pt Movimento estudantil pt_BR
dc.subject.pt Ditadura civil-militar pt_BR
dc.subject.pt Vigilância social pt_BR


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