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Introdução: Em 29 de março de 2020 mais de 700.000 casos já foram confirmados em todo o mundo. Estes relatos indicaram a rapidez de espalhamento da COVID-19 causada pela infecção pelo vírus SARS-CoV-2, categorizada como uma pandemia em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde. A COVID-19, que é caracterizada por um quadro de síndrome gripal, podendo variar desde uma apresentação leve e assintomática, até uma apresentação grave, incluindo choque séptico e falência respiratória, sendo sua transmissão se dá entre humanos infectados pelo ar, através de secreções, gotículas respiratórias ou aerossóis. Métodos: Trata-se de um estudo de Avaliação de Tecnologias em Saúde, configurado por uma análise econômica, que verificou o custo-utilidade das primeiras quatro vacinas para COVID 19 disponíveis no Brasil, sendo elas Coronavac, Astrazeneca, Pfizer e Janssen. Foi utilizado um modelo matemático estático e árvore de decisão com auxílio do software TreeAge Pro Healthcare, para destacar a vacina mais custo-efetiva no país em redução de DALY’s (disability-adjusted life-years), com base nos seus custos e probabilidade de haver sucesso ou insucesso em termos de imunização, considerando o horizonte temporal de um ano na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Resultados: A vacina da Janssen foi associada a uma redução de 0,14 DALY’s (anos de vida ajustados a incapacidade evitados) ao longo do horizonte temporal da análise, sendo a mais custo efetiva administrada no país entre as outras quatro opções. Comparando com a segunda opção, que é a Pfizer, sua administração em relação a Janssen resultou em um incremento de custo de R$ 43,43 e efetividade incremental negativa de 0,001 DALY´s evitados. Para as análises de sensibilidade, foi considerado um limiar de disposição de pagar referente a três PIB (Produto Interno Bruto) per-capita em 2021, de aproximadamente R$40.000,00, em que, nesse caso, a vacina Janssen apresenta 99% de probabilidade de ser custo-efetiva. Conclusão: Na análise de custo-efetividade, a vacina da Janssen foi associada a uma redução de 0,14 DALY’s (anos de vida ajustados a incapacidade evitados) ao longo do horizonte temporal da análise, o que corresponde a 50 dias ou 1,68 meses de vida com alguma incapacidade em 12 meses ou um ano. Sobre a análise de sensibilidade, ao considerar a administração Pfizer, que ficou em segundo lugar como a opção mais custo-efetiva, em relação a Janssen, foi resultado em um incremento de custo de R$ 43,43 e efetividade incremental negativa de 0,001 DALY´s. A estimativa do BLM (Benefício Líquido Monetário) associado a administração da Janssen foi de R$ 56.814,30, sendo superior ao da Pfizer, que foi de R$ 56.231,14, corroborando com o resultado favorável a vacina da Janssen. Após as análises, considerando a curva de aceitabilidade de custo-efetividade como uma mais uma tentativa de redução de incertezas concluiu-se que a vacina Janssen se tornou a vacina mais custo-efetiva em 99%, dominando absolutamente a vacina Pfizer. |
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