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O TEATRO MÉDICO: Quando o Dr. Jean-Martin Charcot, André de Lorde e Alfred Binet se encontraram no Grand-Guignol

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dc.contributor.advisor Carvalho, Ana Maria de Bulhões
dc.contributor.author Cassou, Raphael De Souza Caron
dc.date.accessioned 2023-12-18T21:38:39Z
dc.date.available 2023-12-18T21:38:39Z
dc.date.issued 2023-06-06
dc.identifier.citation Cassou, Raphael De Souza Caron. O TEATRO MÉDICO: Quando o Dr. Jean-Martin Charcot, André de Lorde e Alfred Binet se encontraram no Grand-Guignol. 2023. 303 Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas do Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023 pt_BR
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/unirio/13946
dc.description.sponsorship n/a pt_BR
dc.language.iso Portuguese pt_BR
dc.rights openAccess pt_BR
dc.title O TEATRO MÉDICO: Quando o Dr. Jean-Martin Charcot, André de Lorde e Alfred Binet se encontraram no Grand-Guignol pt_BR
dc.type doctoralThesis pt_BR
dc.contributor.referee Carvalho, Ana Maria de Bulhões
dc.contributor.referee Oliveira, Carlos Roberto de
dc.contributor.referee Oliveira, Dinah de
dc.contributor.referee Torres Neto, Walter Lima
dc.contributor.referee Machado, Leonardo Ramos Munk
dc.contributor.referee Kosovski, Ricardo
dc.degree.department CLA pt_BR
dc.degree.grantor Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO pt_BR
dc.degree.local Rio de Janeiro pt_BR
dc.degree.program Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas pt_BR
dc.subject.cnpq Linguística, Letras e Artes pt_BR
dc.subject.en Medical Theater pt_BR
dc.subject.en Late 19th century dramaturgy pt_BR
dc.subject.en Grand-Guignol Theater pt_BR
dc.subject.en Science and Art pt_BR
dc.subject.fr Dramaturgie de la fin du XIXe siècle pt_BR
dc.subject.fr Théâtre du Grand-Guignol pt_BR
dc.subject.fr Science et Art pt_BR
dc.subject.fr Théâtre Médical pt_BR
dc.description.abstracten This research aims to point out the interrelationships between the neurology classes given by the French physician and scientist Jean-Martin Charcot, at La Salpêtrière Hospital and the plays staged at the Grand-Guignol Theater. On the surface, they have a common time and space – the end of the 19th century and the outskirts of Paris, the city of light. Since the first dissections practiced in anatomical during the Italian Renaissance, vision became the dominant sense for medicine. The book De Humani Corporis Fabrica, written in 1543 by Andreas Vesalius, with its woodcut illustrations of skeletons in dramatic poses worthy of Hamlet, helped reinforce this assertion. This same idea will reach its climax with The Anatomy Lesson of Dr. Nicolas Tulp (1632), one of Rembrandt's most famous and revolutionary works. Charcot's extensive iconographic archive is inscribed in this tradition. Here, however, medical visualization through photographic capture generates a mutual seduction at the image level between doctor and patient, transforming in Didi-Huberman's words, “the hysteria into objects of art”. At the same time, the Grand-Guignol, in its search for the épouvantable, made crimes and mental illnesses a rich source of dramaturgy. The collaboration of several Dr. Charcot’s students with the plays staged in the small theater of Chaptal Street, increased the affinities between the performances of the hysterical at La Salpêtrière and the theatrical performances. In particular, Dr. Alfred Binet, considered one of the fathers of French psychology, together with playwright André de Lorde produced a set of plays sometimes described as “The Medical Theater”. Binet and de Lorde frequently staged mental illness as a pathological performative issue that not only infected society, but also affected medicine itself. In a mise-en-abyme phenomenon, it is possible to observe the continuous exchanges between the medical discourse of La Salpêtrière and the plays of the Grand-Guignol as an immense hall of mirrors, in which science and art distortedly reflect their images. pt_BR
dc.description.abstractfr Cette recherche vise à mettre en évidence les interrelations entre les cours de Neurologie, dispensés à l'Hôpital de La Salpêtrière par le scientifique et médecin français Jean-Martin Charcot, et les pièces mises en scène au Théâtre du Grand-Guignol. Ils ont un temps et un espace communs – la fin du XIXe siècle et la périphérie de Paris, la ville lumière. Depuis les premières dissections pratiquées dans les théâtres anatomiques de la Renaissance italienne, la vision est devenue le sens dominant de la médecine. Le livre De Humani Corporis Fabrica, écrit en 1543 par Andreas Vesalius, avec ses illustrations en gravures sur bois de squelettes dans des poses dramatiques dignes de Hamlet, a contribué à renforcer cette affirmation. Cette même idée atteindra son paroxysme avec La Leçon d'anatomie du Dr. Nicolas Tulp (1632), l'une des œuvres les plus célèbres et révolutionnaires de Rembrandt. L'importante archive iconographique de Charcot s'inscrit dans cette tradition. Ici, cependant, la visualisation médicale par capture photographique génère une séduction mutuelle au niveau de l'image entre le médecin et le patient, transformant, selon les mots de Didi-Huberman, « l'hystérie en un objet d'art ». Parallèlement, le Théâtre du Grand-Guignol fait des crimes et des maladies mentales une riche source de dramaturgie, dans sa recherche de l'épouvantable. La collaboration de plusieurs étudiants du Dr. Charcot, avec les pièces jouées dans le petit théâtre de la rue Chaptal, multiplie les affinités entre les représentations des hystériques de la Salpêtrière et les représentations théâtrales. En particulier, Dr. Alfred Binet, considéré comme l'un des pères de la psychologie française, a produit, avec le dramaturge André de Lorde, une série de pièces parfois qualifiées de Théâtre Médicale. Binet et de Lorde ont souvent présentés la maladie mentale comme un problème performatif pathologique qui non seulement infectait la société, mais affectait également la médecine elle-même. Comme par un phénomène de mise-en-abyme, il est possible d'observer les échanges continues entre le discours médical de l'Hôpital de la Salpêtrière et les pièces du Grand-Guignol comme le jeu d’une immense salle de glaces, dans laquelle la science et l'art se renvoient ses propres images déformées. pt_BR
dc.degree.country Brasil pt_BR
dc.description.sponsordocumentnumber n/a pt_BR
dc.description.abstractpt Esta pesquisa tem como intuito apontar as inter-relações entre as aulas de neurologia ministradas pelo médico e cientista francês Jean-Martin Charcot, no Hospital La Salpêtrière e as peças encenadas no Teatro Grand-Guignol. Na superfície, elas têm um tempo e um espaço comuns – o final do século XIX e a periferia de Paris, a cidade luz. Desde as primeiras dissecações praticadas nos teatros anatômicos renascentistas italianos, a visão tornou-se o sentido dominante para a Medicina. O livro De Humani Corporis Fabrica, escrito em 1543 por Andreas Vesalius, com suas ilustrações em xilogravuras de esqueletos em poses dramáticas dignas de Hamlet, contribuiu para reforçar esta afirmação. Esta mesma ideia vai atingir seu clímax com A Lição de Anatomia do Dr. Nicolas Tulp (1632), uma das obras mais famosas e revolucionárias de Rembrandt. O extenso arquivo iconográfico de Charcot está inscrito nesta tradição. Aqui, no entanto, a visualização médica através da captura fotográfica gera uma sedução mútua ao nível da imagem entre médico e paciente, transformando, nas palavras de Didi-Huberman, “a histeria em objeto de arte”. Paralelamente, o Teatro do Grand Guignol, em sua busca pelo épouvantable, fez dos crimes e doenças mentais uma rica fonte de dramaturgia. A colaboração de vários alunos do Dr. Charcot com as peças encenadas no pequeno teatro da rua Chaptal, aumentou as afinidades entre as performances das histéricas da Salpêtrière e as apresentações teatrais. Em particular, o Dr. Alfred Binet, considerado um dos pais da psicologia francesa, juntamente com o dramaturgo André de Lorde produziram um conjunto de peças por vezes descritas como “O Teatro Médico”. Binet e de Lorde frequentemente encenavam a doença mental como uma questão performativa patológica que não apenas infectava a sociedade, mas também afetava a própria medicina. Como num fenômeno de mise-en-abyme, é possível observar as trocas contínuas entre o discurso médico do hospital da Salpêtrière e as peças do Grand-Guignol tal um jogo de imenso salão de espelhos, no qual ciência e arte refletem distorcidamente suas próprias imagens. pt_BR
dc.subject.pt Teatro Médico pt_BR
dc.subject.pt Ciência e Arte pt_BR
dc.subject.pt Teatro do Grand-Guignol pt_BR
dc.subject.pt Dramaturgia do final do século XIX pt_BR


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