Aleitamento materno: as influências micropolíticas e a decisão subjetiva das mulheres

Campos, Lilian Kuhnert

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dc.contributor.advisor	Figueiredo, Nébia Maria Almeida de
dc.contributor.author	Campos, Lilian Kuhnert
dc.date.accessioned	2025-03-03T20:57:36Z
dc.date.available	2025-03-03T20:57:36Z
dc.date.issued	2024-03-21
dc.identifier.citation	CAMPOS, Lilian Kuhnert. Aleitamento materno: as influências micropolíticas e a decisão subjetiva das mulheres. 2024, 176 f. Tese (Doutorado em Enfermagem e Biociências) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2024.	pt_BR
dc.identifier.uri	http://hdl.handle.net/unirio/14443
dc.description.sponsorship	n/a	pt_BR
dc.language.iso	Portuguese	pt_BR
dc.rights	openAccess	pt_BR
dc.title	Aleitamento materno: as influências micropolíticas e a decisão subjetiva das mulheres	pt_BR
dc.title.alternative	Breastfeeding: micropolitical influences and women's subjective decision	pt_BR
dc.type	doctoralThesis	pt_BR
dc.contributor.referee	Figueiredo, Nébia Maria Almeida de
dc.contributor.referee	Silva, Laura Johanson da
dc.contributor.referee	Santos, Inês Maria Meneses dos
dc.contributor.referee	Souza, Luciana Maria Borges da Matta
dc.contributor.referee	Peres, Patrícia Lima Pereira
dc.degree.department	CCBS	pt_BR
dc.degree.grantor	Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO	pt_BR
dc.degree.local	Rio de Janeiro, RJ	pt_BR
dc.degree.program	Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Biociências	pt_BR
dc.subject.cnpq	Ciências da Saúde	pt_BR
dc.subject.en	Breastfeeding	pt_BR
dc.subject.en	Intentions	pt_BR
dc.subject.en	Barriers	pt_BR
dc.subject.en	Post-modernity	pt_BR
dc.description.abstracten	Breastfeeding is the natural form of infant feeding in the early months, with scientifically recognized undeniable benefits for the health of the child, the woman, and society. However, individually, it is influenced by numerous factors that can result in contradictory experiences and feelings. In practice, it is observed that the major challenges are not of a physical nature, but rather psychosocial, micro and macropolitical issues related to a woman's body and her living space. It is also noted that the majority of healthcare professionals are not adequately prepared to address these issues. The aim of this study is to trace the subjectivities involved in the decision to breastfeed and in the discourse of breastfeeding, from a body perspective, as expressed in women's narratives. This qualitative study involved interviews with 19 postpartum women admitted to the Maternity Ward of a University Hospital. Data production was based on the Cartography method, referencing concepts presented by Gilles Deleuze and Félix Guattari. Data were analyzed using Bardin's content analysis method, and the results were presented in two categories: the first focusing on emotions and beliefs, and the second on knowledge and breastfeeding practices. Our data show that sociocultural context seems to have a greater impact on the decision to breastfeed than emotions. The most commonly reported positive feeling was a sense of connection with their children, and motivation was driven by a sense of responsibility. Many women expressed fear of pain or an inability to breastfeed based on the experiences of other women and/or the institutional discourse that devalues breastfeeding and individual, intergenerational knowledge in favor of gender equality, work opportunities, and medical-scientific knowledge. There was also almost unanimous acceptance of breastfeeding in public spaces, but it became evident, through narratives and reported practices, that there is still a discomfort in exposing breasts for breastfeeding. We conclude that breastfeeding, more than a natural, biological function, is a social and complex issue in postmodernity and needs to be addressed as such. The production of subjectivities and decisions regarding breastfeeding are influenced by both molar and molecular issues of the woman's body such as sexuality, religiosity, enunciative and machinic assemblages, and moral norms. Like in a rhizome, the rhizome of life maintenance, a woman is a root with multiple connections that traverse her body, are affected by, and affect her relationship with the world, including motherhood, breastfeeding, and her child. Being attentive and sensitive to these issues is crucial for developing strategies that encourage self-confidence and respect women's autonomy over their bodies, promoting breastfeeding, and consequently, the physical, mental, and social health of all.	pt_BR
dc.degree.country	Brasil	pt_BR
dc.description.sponsordocumentnumber	n/a	pt_BR
dc.description.abstractpt	O aleitamento materno é a forma natural de alimentação do bebê nos primeiros meses, com benefícios incontestáveis, cientificamente reconhecidos, para a saúde da criança, da mulher e da sociedade. Entretanto, é atravessada, individualmente, por inúmeros fatores que podem resultar em experiências e sentimentos contraditórios. Na prática, observamos que os maiores desafios não são de natureza física, mas sim questões psicossociais, micro e macropolíticas, relacionadas ao corpo da mulher e seu espaço de viver. Observamos também que a maioria dos profissionais de saúde não está preparada para lidar com estas questões. O objetivo deste estudo é rastrear nas falas das mulheres as subjetividades envolvidas na decisão de amamentar e no discurso da amamentação, na perspectiva do corpo. Estudo de abordagem qualitativa, sendo entrevistadas 19 puérperas internadas na Maternidade de um Hospital Universitário. A produção de dados se baseou no método da Cartografia, referenciado em conceitos apresentados por Gilles Deleuze e Féliz Guatarri. Os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo de Bardin e os resultados apresentados em duas categorias, a primeira sobre emoções e concepções e a segunda sobre conhecimentos e práticas da amamentação. Nossos dados mostram que o contexto sociocultural parece impactar mais a decisão de amamentar do que as emoções. O sentimento positivo mais relatado foi a sensação de conexão com seus filhos, e a motivação foi a responsabilidade. Muitas mulheres relataram muito medo de ter dor ou não conseguir amamentar, impactadas pelas experiências de outras mulheres, e/ou do discurso instituído que desvaloriza a amamentação e o saber individual, intergeracional, em prol da igualdade de gênero, das demandas do trabalho e do saber médico-científico, hegemônico. Também observamos uma aprovação quase unânime da amamentação em espaços públicos, mas ficou evidente, pelas falas e práticas relatadas, que ainda existe um constrangimento em expor os seios para amamentar. Concluímos que a amamentação, mais do que uma função natural, biológica, é uma questão social e complexa na pós-modernidade e precisa ser tratada como tal. A produção de subjetividades e as decisões acerca da amamentação são influenciadas por questões morais e moleculares do corpo da mulher como sexualidade, religiosidade, os agenciamentos de enunciação e maquínicos e normas morais. Como em um rizoma, o rizoma da manutenção da vida, a mulher é uma raiz com múltiplas conexões que perpassam seu corpo, são afetadas e afetam sua relação com o mundo, incluindo a maternidade, o aleitamento e seu filho. Estar atento e sensível a estas questões é fundamental para desenvolvermos estratégias que estimulem a autoconfiança e respeitem a autonomia das mulheres sobre seus corpos, favorecendo a amamentação, e consequentemente, a saúde física, mental e social de todos.	pt_BR
dc.subject.pt	Aleitamento materno	pt_BR
dc.subject.pt	Amamentação	pt_BR
dc.subject.pt	Intenções	pt_BR
dc.subject.pt	Barreiras	pt_BR
dc.subject.pt	Pós-modernidade	pt_BR